Cada vez mais o jargão “espiritualidade” vem sendo usado onde pessoas dizem que para sermos verdadeiramente espirituais, a crença não é apenas desnecessária, mas é até mesmo indesejável.
O cristianismo está sendo de tal forma redefinido que está cada vez mais difícil distingui-lo do budismo ou de outras idéias religiosas orientais. Hoje podemos ser espirituais sem Deus, sem “crenças”. E, com essa guinada para o panteísmo [generalização de Deus], também cresceu a intolerância para com o cristianismo histórico.
No portão de uma universidade estadual americana pode-se ler a seguinte placa: “Tudo bem para você, se achar que está certo. Tudo mal para você, se achar que alguém está errado”. Na última década, o pecado foi definido como algo inexistente, mas se ainda existe algum pecado, este é pensar que uma outra pessoa está errada. Dizem que a verdade não é algo para ser descoberto, mas para ser construído, manufaturado tanto individualmente quanto por consenso. O sentimento de uma pessoa é mais importante, digamos, que as palavras de Jesus.
Nossa cultura pluralista rejeita abertamente a afirmação de que só se pode chegar a Deus através de um único caminho. A unificação de todas as religiões parece um objetivo tão digno de ser alcançado que os que se opõem são vistos como arrogantes, fanáticos e, obviamente, intolerantes.
Se o secularismo baniu Deus do céu, a espiritualidade encontrou Deus entre nós. Na verdade, de acordo com a atual linha de pensamento, Deus está em tudo o que nos cerca. O Criador não é mais sagrado, mas a criatura é. Ouvimos que o nosso eu é sagrado, que a terra é sagrada, que os animais são sagrados e assim por diante. Tal pensamento atribui à criatura a glória que deveria ser reservada a Deus, como Paulo escreveu: “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória de Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis” (Rm 1.22,23)
Vi no Discutindo a Palavra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário