quarta-feira, 30 de junho de 2010

Kaká Apoia Campanha Contra Prostituição de Mulheres



   Kaká conseguiu um tempo no intervalo dos treinos da Copa do Mundo para tirar uma foto em apoio à campanha Real Men Don’t Buy Girls (Homens de verdade não compram garotas). A ideia é incentivada pelo ator internacional Ashton Kutcher, fã confesso do meia da Seleção Brasileira.

   O jogador da seleção brasileira Kaká  entrou oficialmente na campanha contra a prostituição promovida pelo ator americano Ashton Kutcher  no Twitter. Kaká postou na manhã desta terça (29) uma foto com a camisa da seleção brasileira de futebol e um cartaz com o lema "Real Men Don’t Buy Girls!!", que traduzido significa "Homens de Verdade Não Compram Mulheres". A campanha de Kutcher começou no início de junho, quando ator apareceu com um cartaz com os mesmos dizeres no lançamento de seu novo filme, Killers.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Variedade é Satisfação?



E o rei Salomão amou muitas mulheres estranhas, e isso além da filha de Faraó, moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, das nações de que o SENHOR tinha dito aos filhos de Israel: Não entrareis a elas, e elas não entrarão a vós; de outra maneira, perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses. A estas se uniu Salomão com amor. E tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração. 1 Reis 11.1-3

   O desejo de uma pessoa pela variedade manifesta-se geralmente por meio de um comportamento obsessivo. A pessoa nunca se satisfaz, conforme provado pelos excessos da vida de Salomão. Lembro-me de, certa vez, ter passado a noite inteira com duas mulheres e, menos de 15 minutos depois de deixá-las na manhã seguinte, avistei uma prostituta pela qual eu era atraído e contratei seus serviços — eu não tinha ficado satisfeito o suficiente. Uma pessoa viciada na variedade jamais ficará satisfeita. Cada filme pornográfico só será excitante até ter sido "capturado" ou de alguma maneira experimentado, tornando-se depois obsoleto. Esses mesmos sentimentos podem ser atribuídos ao "Don Juan" que quer conquistar mulheres. Cada uma será usada até ele terminar com ela, e então ele procurará novas aventuras. A variedade é provavelmente a maior mentira que Satanás dá à atividade ilícita.

   Quando eu estava na minha vida de pecado, ficava obcecado pela idéia de um certo tipo de mulher, uma loira, por exemplo. Depois de seduzir uma e tê-la experimentado o suficiente para estar "satisfeito", eu me encontrava hipnotizado com o pensamento de um tipo diferente de mulher, talvez uma morena alta. Depois de seduzir uma morena, eu voltava a pensar em loiras, ou ruivas ou quem quer que fosse. Eu continuava a ser enganado, acreditando que, se eu pudesse ter um tipo particular de mulher, eu me satisfaria. Na realidade, nunca estava satisfeito, nem nunca estaria. A variedade é indubitavelmente a razão primária para a maioria do comportamento sexual ilícito. O mundo promove a variedade como o tempero da vida. Eu digo que essa é uma mentira vazia de Satanás.

Trecho do Livro:  No Altar da Idolatria Sexual do autor Steve Gallagher

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Uma Alma Cheia de Deus


   Os irmãos de Davi cobrem os olhos, com medo e vergonha. Saul suspira enquanto o jovem hebreu corre para a morte certa. Golias joga a cabeça para trás numa gargalhada, o suficiente para mover seu elmo de lugar e expor um pedacinho da testa. Davi percebe o alvo e aproveita o momento. O som da funda esticando é a única coisa que se ouve no vale. Estiiiiiiiica. Estiiiiiiiica. Estiiiiiiiica. A pedra segue seu vôo pelo ar e em seguida torpedeia a cabeça do gigante; os olhos de Golias entortam e as pernas se dobram. Ele cai ao chão e morre. Davi corre e desembainha a espada de Golias, fere o filisteu e corta-lhe a cabeça. Você talvez diga que Davi soube arrancar a cabeça de seu gigante.

   Quando foi a última vez em que você fez a mesma coisa? Quanto tempo faz desde o dia em que você enfrentou seu desafio? Temos a tendência de recuar, de nos metermos debaixo da mesa do trabalho ou de nos arrastarmos para uma boate em busca de distração ou para uma cama à procura do amor proibido. Por um instante, um dia ou um ano, sentimo-nos seguros, isolados, anestesiados, mas o trabalho acaba, a bebida desaparece ou o amante nos deixa — e ouvimos o Golias de novo: estrondoso, bombástico.

Experimente uma tática diferente.

Faça seu gigante correr ao se deparar com uma alma cheia de Deus


Trecho extraido do livro: Derrubando Golias do autor Max Lucado.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O que é Apologética?


   1 Pedro 3:15 diz: "Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para oferecer resposta a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor." A palavra grega traduzida como "resposta" é απολογια, que freqüentemente se apresenta no contexto de um tribunal de recurso. Ela transmite a idéia de fornecer evidências, da construção de um caso, respondendo a perguntas, ou a defesa contra ataque. Assim, muitas traduções oferecem a palavra "defesa" em vez de "resposta".

   O New Dictionary of Christian Apologetics define a apologética assim: "Apologética é a arte da persuasão, a disciplina que considera as formas de elogiar e defender o Deus vivo para aqueles sem fé." Com uma objeção que se tornará clara à medida que avançamos, eu acho que essa é uma boa definição da apologética. A definição mais simples que eu uso normalmente é: "Apologética é a defesa e a explicação da fé cristã".

   Porque a Apologética é Necessária?

   Precisamos reconhecer, primeiramente, que a conversão é uma obra de Deus, que é freqüentemente realiza à parte da apologética. A apologética não é necessária para a conversão cristã, nem é necessária para se saber que o cristianismo é verdade.

   William Lane Craig escreve: "Como é que um cristão sabe que o cristianismo é verdadeiro?... O testemunho interior do Espírito Santo nos dá uma imediata e [verdadeira] garantia da verdade de nossa fé cristã... tal pessoa não precisa de argumentos complementares ou evidências a fim de saber... com confiança de que ele está, de fato, experimentando o Espírito de Deus... É o testemunho do Espírito de Deus em nosso espírito que nos dá a certeza de que somos filhos de Deus... Quando se trata de saber se a fé é verdadeira, portanto, o cristão não vai dependerá, basicamente, de argumentos e evidências, mas do gracioso testemunho do próprio Deus dado a todos os seus filhos pelo Espírito Santo que neles habita.”

   Enquanto o saber de que a nossa fé é verdadeira seja uma obra do Espírito Santo, continuar convencido da verdade do cristianismo é, freqüentemente, o trabalho da apologética. Dr. James Parker no Seminário do Sul compartilha uma conversa que teve com um amigo não-cristão. Em resposta a perguntas, o Dr. Parker partilhou argumentos tradicionais da existência de Deus. Seu amigo então perguntou: "São estes tipos de razões e respostas o real motivo de você ter se tornado um cristão?" Dr. Paulo respondeu: "Não. Elas não têm nada a ver com o fato de me tornar um cristão. Mas têm tudo a ver com o fato de permanecer um cristão." Como criança, Parker acreditava que o cristianismo era verdade, e o abraçou. Ao envelhecer, teve questionamentos e dúvidas. A apologética respondeu a estas questões e dúvidas o que lhe permitiu continuar a ser um cristão seguro e racional.

   Muitos cristãos nunca duvidam de sua fé, nunca se perguntam se o que acreditam é verdadeiro. Não precisam de apologética para saber que são cristãos e que o que acreditam que é a verdade. Entretanto, existe uma diferença entre saber que sua fé é real, e ser capaz demonstrar que sua fé é verdadeira. Saber que sua fé é verdadeira é suficiente para ser um membro de pleno direito da família de Deus. A apologética nos leva além do conhecimento, nos leva a sermos capazes de demonstrar a outras pessoas que o cristianismo é verdade.

Por Tawa Anderson
Em Tawapologetics
Via: [ Reforma & Razão ]

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tomando a Pílula Vermelha


   Você já se sentiu deslocado, como se não se encaixasse? Já notou que ninguém te entende, nem seus pais, nem o pastor, nem a igreja? Que todos querem que você seja mais um na multidão? Vestibular, faculdade, profissão, futuro, cobrança de todos os lados… “Bem-vindo ao esquema dos adultos. Aperte o cinto e prepare-se para ser assimilado!”. E se eu dissesse que você realmente tem razão em se sentir assim? Que tudo que você vive é fruto de um “sistema de controle” muito bem elaborado que serve para impedir que você perceba a verdade?

   Em Matrix, sucesso do cinema, a humanidade vive encapsulada, num estado de coma, servindo como fonte de energia para as máquinas. Para que isso seja possível, as máquinas mantêm a mente das pessoas presas numa construção de software que simula um mundo real. Imagine esse software como um SecondLifei, ou um The Simsii. Seria como uma construção virtual de um supercomputador inteligente como o Skynetiii em O Exterminador do Futuro. Uma simulação perfeita onde você pensa estar vivendo normalmente. Tão perfeita que você jamais suspeitaria não ser real. Neo se encontra na mesma situação vivendo uma vida sem sentido. Vivendo num programa de computador: a Matrix.

   Nem todos vivem na Matrix. Alguns conseguiram ter suas mentes libertas e lutam contra as máquinas para libertar o máximo de pessoas dessa prisão psiquista. Um dos líderes dos humanos livres, chamado Morpheus, entra em contato com Neo na Matrix: “Acorde, Neo”.

No filme, Morpheus conversa com Neo sobre sua inquietação:

“Você (Neo) veio aqui porque sabe de algo. Você não consegue explicar o que sabe, mas o sente. Tem sentido a vida inteira; tem sentido que há algo errado no mundo. Você não sabe o que é, mas existe, como uma farpa na mente, que o faz enlouquecer”.

   Neo vive esperando acordar de um sonho muito real. E por acreditar que é um sonho, mesmo sabendo que alguma coisa está errada, ele se conforma com a realidade e espera por um milagre que o faça enxergar a verdade. Neo quer descobrir o que é a Matrix e aceita o convite de Morpheus para conseguir as respostas para as tantas perguntas que ele tem.

No filme temos o famoso diálogo entre Morpheus e Neo:

Morpheus: Você a sente quando vai para o trabalho quando vai à igreja, quando paga seus impostos. É o mundo que foi colocado diante dos seus olhos para que você não visse a verdade.

Neo: Que verdade?

Morpheus: Que você é um escravo. Como todo mundo, você nasceu num cativeiro, nasceu numa prisão que não consegue sentir ou tocar. Uma prisão para sua mente. Infelizmente, é impossível dizer o que é a Matrix. Você tem de ver por si mesmo. Esta é sua última chance. Depois não há como voltar. Se tomar a pílula azul, a história acaba, e você acordará na sua cama acreditando no que quiser acreditar. Se tomar a pílula vermelha ficará no País das Maravilhas e eu te mostrarei até onde vai à toca do coelho. Lembre-se, tudo que ofereço é a verdade. Nada mais.
   E você? Já teve a sensação de que está sendo manipulado? E se a igreja fosse uma Matrix? E se tudo que aprendeu, ouviu e viu não passa de um sistema de controle institucionalizado? E se o Jesus que te apresentaram não passa de um poderoso artifício de enganação? E se o Evangelho que te ensinaram foi convenientemente distorcido?

   E se você tivesse a mesma oportunidade de Neo de saber a verdade, o que você escolheria? A pílula vermelha ou a pílula azul? Responsabilidade ou comodidade? Realidade ou ilusão? Fazemos opções todos os dias, e elas definem o que somos. Escolhendo a pílula azul, você teria uma vida de satisfação inadvertida: frequentando regularmente a igreja, esperando felicidade, alegria e prosperidade entregando seu dízimo, cantando e orando, ouvindo os sermões, participando dos eventos da igreja e evitando questões profundas que poderiam tirá-lo da zona de conforto e ignorância. Tomando essa pílula, não é preciso se preocupar com o que pregam ou fazem. Mas, escolher tomar a pílula vermelha significa que você está cansado de ser uma simples marionete do sistema religioso. Que está exausto de estar na igreja para apoiar o pastor ou o ministério. Só para passar uma imagem de um jovem crente bem ajustado. Tomar a pílula vermelha quer dizer que você quer ser realmente livre.

   A igreja como está é um sistema de manipulação de mentes. É uma prisão de quatro paredes. Uma bolha onde a consciência coletiva é controlada através de hierarquia, proibições, liturgias, regras, costumes e tradicionalismos que acabam por programar as pessoas a não pensar e não criticar. Esse sistema religioso como tal, se alimenta sugando a energia dos membros: tempo, dinheiro, talento, dons e família. Você vive alienado do mundo, indiferente às questões mais urgentes da sociedade. Cria-se uma subcultura “gospel” deixando cada vez maior o abismo entre os que necessitam das boas notícias de Cristo, e aqueles que foram chamados para levar essas boas notícias aos que necessitam. A palavra igreja vem do grego ekklesia que significa “chamados para fora”. Contudo, esse sentido há muito se perdeu, visto que cada vez mais os cristãos se trancafiam em seus templos e vivem vidas totalmente irrelevantes para a sociedade.

   Cristo nos chamou para sermos sal e luz da terra e, para tal, precisamos sair de debaixo da mesa, nos libertar da igreja que existe como uma Matrix, e realmente sair para fora desse “sistema de controle”, e saber discernir o que andam ensinando nos púlpitos. Jesus discerniu e viveu fora do sistema religioso de sua época de maneira que isso irritou tanto os líderes que quiseram matá-lo. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou das trevas, por isso não devemos nos submeter novamente a nenhum jugo de escravidão, muito menos um jugo religiosoiv. Deixemos de ser preguiçosos e de nos conformar com tudo que nos jogam goela abaixo. Sejamos transformados pela renovação da nossa mente em Cristo, através da Bíbliav.

   Você pode escolher ser responsável por quem é, e por quem se torna em Cristo, ou pode escolher ser mais um na multidão, mais uma mente presa e manipulada, um zero à esquerda, um robozinho programado para fazer o seu serviço e não incomodar. Pode escolher sair da Matrix, sair da caixa e fazer diferença na vida dos amigos, da família e da sociedade. Ou você pode escolher ser um crente desinteressado, distante e alienado vivendo uma falsa realidade dentro das quatro paredes de um templo, e nunca conhecer o “deserto do realvi” onde as pessoas têm sede de conhecer a Verdade que veio para libertar. Ou você pode escolher viver radicalmente tudo o que Jesus ensinou e ser como Cristo convivendo, caminhando junto, entendendo o problema do outro, vivendo, perdoando e amando. Você pode escolher tomar a pílula azul e continuar sendo um crente que não faz diferença e continuar a alimentar o sistema religioso que não tem compromisso com as pessoas e suas necessidades reais. Ou você pode escolher tomar a pílula vermelha e seguir os passos de Cristo, discernindo lobos em pele de ovelha e suas mensagens enganosas, e tendo curiosidade pela Bíblia, permanecendo nas Palavras de Jesus, para que conheça a verdade, e a verdade o libertevii.

   Parafraseando Trinity no filme, “é a pergunta que nos move”. Você tem sede de saber a verdade? Tem perguntas a serem respondidas? Tem dúvidas a serem sanadas? As dúvidas são essenciais para o desenvolvimento da fé. Muitos crentes acham que sua igreja tem todas as respostas e estas por sua vez nunca abrem espaço para questionamentos ou dúvidas. Para piorar, muitas vezes, as únicas respostas que a igreja tem são precárias ou manipuladoras. Quer saber até onde vai a toca do coelho? Quer ser realmente um discípulo de Cristo, livre, responsável, que pensa, entende, busca, raciocina e atende ao chamado de Jesus para sair para fora da Matrix? Uma vez fora do “sistema religioso de controle e manipulação” você pode fazer como Neo e agir no sistema para libertar os que ainda estão presos e sendo usados para inchá-lo.

   Que tal criar uma nova versão do software do Cristianismo, depurando o código fonte? O que acha de deixar de ser um agente da Matrix e começar a ser um revolucionário como Jesus, e tornar-se um agente de mudança? Então tome a pílula vermelha… mas, lembre-se tudo que ofereço é a verdade, nada mais.

Notas:

i O Second Life é um ambiente virtual e tridimensional que simula em alguns aspectos a vida real e social do ser humano. Foi desenvolvido em 2003 e é mantido pela empresa Linden Lab. Dependendo do tipo de uso pode ser encarado como um jogo, um mero simulador, um comércio virtual ou uma rede social. O nome “second life” significa em inglês “segunda vida” que pode ser interpretado como uma “vida paralela”, uma segunda vida além da vida “principal”, “real”. Dentro do próprio jogo, o jargão utilizado para se referir à “primeira vida”, ou seja, à vida real do usuário, é “RL” ou “Real Life” que se traduz literalmente por “vida real”. (Wikipédia)

ii The Sims é uma série de jogos eletrônicos de simulação de vida, criado pelo designer de Jogos Will Wright e distribuído pela Maxis. Com o lançamento inicial do primeiro jogo em Fevereiro de 2000. São jogos onde se podem criar e controlar as vidas de pessoas virtuais (chamadas de Sims). O jogo atraiu legiões de fãs, devido a sua simplicidade e objetividade. Hoje em dia, existem plataformas de The Sims para PC, Celular, Nintendo DS, Playstation 2 e outros. (Wikipédia)

iii Quando em 1997, um supercomputador inteligente, Skynet, decide eliminar todos os seres humanos, que vê como uma ameaça, provoca um holocausto nuclear, que dizima grande parte da população. Inicia-se então uma guerra entre os poucos sobreviventes, e os cyborgs Exterminadores criados por Skynet para destruir os últimos humanos. Apesar das poucas hipóteses, os humanos liderados por um homem chamado John Connor, ganham vantagem. Perante a eminência da derrota, Skynet envia um dos cyborgs numa viagem no Tempo, para o passado nos anos 80, antes da guerra, com o objectivo de assassinar a mãe do líder da Resistência, Sarah Connor, antes mesmo de este nascer. Para protegê-la, a Resistência consegue também enviar um protector humano, Kyle Reese.(Wikipédia)

iv Paráfrase de Gálatas, Capítulo 5, Versículo 1.

v Paráfrase de Romanos, Capítulo 12, Versículo 2.

vi Conceito de Simulacros e Simulação, de Jean Baudrillard. Quem vive no deserto do real existe num mapa, não num territóro; o que se acredita ser real é uma cópia sem original.

vii Paráfrase do Evangelho de João, Capítulo 8, Versículo 32.

O autor desse ótimo texto é Thiago Medanha, o texto original está disponível no site do mesmo: Thiago Medanha

A Fome Prova a Existência do Pão?


   Através de um "inimigo" amigo cheguei a uma postagem do Fernando Gouvêa, mas conhecido na internet como Gravataí Merengue, pseudônimo usado por ele para assinar seus ótimos textos na internet desde 1997. O texto contido na mencionada postagem, por motivos mais do que óbvios, me chamou a atenção e me estimulou a escrever sobre um assunto que, embora eu já tenha abordado, tem estado nos meus planos para esse blog que, como pode ser visto, está esquecido desde novembro do ano passado. Resolvi, então, aproveitar esse estímulo para retomar o blog e escrever não sobre o determinismo que nos impõe nossas crenças (ou descrenças) que deu tom ao texto do Fernando, mas sobre algo que pode ser lido apenas nas entrelinhas: nosso anseio por compensação.

   O texto dele, em minha opinião, como grande parte dos escritos humanos, está todo permeado por essa idéia, mas, para ser direto e prático, irei citar aqui apenas os trechos onde a idéia pode ser observada de forma explícita. Segue:

"Não há um único ateu que tenha optado pelo ateísmo e, caso haja caso positivo, trata-se de alarme falso. Porque se trata de constatação, não escolha ou decisão. Diversos religiosos, por exemplo, alegam que ouviram um chamado, viram uma luz ou algo do tipo. O ateu, de tantos silêncios e escuridões, seguidos de gritarias e luminosidades em sentido contrário (ok, parei com metáforas), percebe que as coisas não são como nos livros sagrados das mais variadas crenças. É assim que acontece."

"Seria muito melhor ter certeza de um mundo nos esperando depois da morte, ou ali guardando entes queridos. Seguramente, sem sombra de qualquer dúvida, um ateu chora muito mais o falecimento de uma pessoa amada, diante da idéia de JAMAIS revê-la."

"Há ateus, inclusive, que relutam, tentam, fazem verdadeiro esforço para ter algum tipo de fé. Mas não conseguem."


   Esses trechos deixam claro que o Fernando não nega a existência de um certo desejo, comum a todos os homens, que nenhuma felicidade natural é capaz de satisfazer. Essa é uma constatação óbvia, pois todos já tivemos a sensação de carregarmos dentro de nós um vazio que não pode ser preenchido. Isso é demonstrado por sentimentos como nostalgia, romantismo, utopia, carência, angústia, insatisfação e outros sentimentos que, se não forem compartilhados por todos os seres humanos, o são, pelo menos, pelos mais sãos dentre nós. Dostoiévski, por exemplo, dizia que deve (ou deveria) haver um lugar de compensações, pois nesta existência o homem não consegue viver à altura de seus mais nobres ideais — não praticamos todo bem que almejamos, não amamos intensamente, não somos tão bons quanto gostaríamos, vivemos aquém dos nossos ideais e de nossos desejos. A vida, segundo ele, não faria sentido se tais aspirações não fossem saciadas em algum lugar.

   Diante de afirmações como essas, podemos afirmar, com Chesterton, que, podendo ou não o homem ser lavado em águas milagrosas, não resta nenhuma dúvida de que ele deseja lavar-se. Ou seja, podemos até negar a água, mas não podemos negar a sujeira — assim como não se pode negar o desejo que todos temos de ter essa sujeira removida. Em outras palavras, podemos até negar a existência do paraíso dos religiosos ou do lugar de compensações de Dostoiévski, mas não podemos negar nosso intenso desejo de que lugares como esses existam.

   Estas são afirmações das quais, creio eu, ninguém discorda. É essa a base do ateísmo e é essa também a base do cristianismo. Afinal, se for verdade (como certamente é) que temos desejos que nenhuma felicidade terrena é capaz de satisfazer, só podemos fazer uma dentre duas deduções; ou devemos negar a existência de Deus, como fazem todos os ateus; ou devemos negar a presente união entre Deus e o homem, como fazem todos os cristãos. Negar o desejo não seria, em absoluto, uma alternativa honesta e sensata.

   Isto posto, podemos seguir adiante e questionar: há alguma razão para supormos que a realidade ofereça alguma satisfação para esse desejo?

   "Nem a fome pode provar a existência do pão" — disse Matthew Arnold. Mas eu acredito que não se trata exatamente disso. A fome física de um homem realmente não prova que ele encontrará pão; ele pode morrer de fome na travessia do Saara ou em uma jangada em pleno Atlântico. Mas, com toda certeza, a fome de um homem prova que ele pertence a uma espécie cujo corpo é restaurado por meio de comida e habita em um mundo onde existem substâncias comestíveis. Da mesma maneira, meu anseio pelo paraíso pode até não ser prova de que eu vá usufruir dele, mas é, acredito, um sinal bastante seguro de que existe algo parecido com o paraíso e de que alguns homens vão encontrá-lo. Um homem pode apaixonar-se por uma mulher sem conquistá-la; pode desejar levá-la pra cama sem conseguir; mas seria algo muito estranho se um homem sentisse isso em um mundo assexuado.

   De semelhante modo e como já dito, todos já nos sentimos deslocados, como se de alguma forma não pertencêssemos a esse mundo. Não há, até onde eu sei, uma única pessoa que não tenha chegado a conclusão de que esse é um mundo imperfeito ou que não tenha desejado viver em um lugar melhor. E eu fico me perguntando; como é possível chegarmos a esse tipo de conclusão? Afinal, se fôssemos realmente um mero produto do universo, como poderíamos não nos sentirmos em casa? Será que peixes reclamam do mar por este ser molhado; ou seja, por ser o que é? Ou, se eles reclamassem, não seria isso um forte indício de que eles nem sempre haviam sido, ou de que nem sempre seriam, apenas criaturas aquáticas? Um homem sente o corpo molhado quando entra na água porque não é um animal aquático; um peixe não se sente assim.

   Da mesma forma, se nós pertencêssemos a esse mundo não reclamaríamos por ele ser como é. E se o universo inteiro não tivesse sentido, nunca perceberíamos que ele não tem sentido — do mesmo modo que, se não existisse luz no universo e as criaturas não tivessem olhos, nunca nos saberíamos imersos na escuridão. A própria palavra escuridão não teria significado.

   Mas, afinal, a fome prova ou não prova a existência da comida? Ora, se não houvesse comida, não haveria fome. Assim como não haveria um desejo por compensação, se não pudéssemos ser compensados.

   Portanto, podemos até não ter escutado o chamado ou visto a luz de que falam os religiosos, mas assim como um homem sedento que não encontra água no deserto estaria errado em negar a existência de água, nós estaríamos errados se assumíssemos que o chamado ou a luz não existem apenas porque não escutamos ou vimos.

   Ou será que aqueles que dançam sempre deverão ser considerados loucos pelos que não podem ouvir a música?

Autor: Filipe Garcia
Fonte: Emeurgêcia

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Retiro JEC 2010



   Já faz um tempinho que aconteceu o retiro da JEC (Juventude Evangélica de Campinas) desse ano. Foi realizado do dia 3 a 6 de junho em Santa Isabel/SC. Esse é um grupo de jovens do qual eu, meus primos e primas, namorada e muitos irmãos na fé participam. Não tive tempo de escrever nada sobre o retiro, até o momento. Foram quatro dias de muito aprendizado e comunhão. É muito bom sair do nosso cotidiano, da nossa rotina e ter um tempo para adorar a Deus, estar em comunhão com os irmãos e o mais importante para min: lembrar quem sou e no que acredito. Muitas vezes com as tarefas do nosso dia-a-dia: estudo, trabalho e tudo o mais, acabamos ficando um pouco anestesiados sobre qual o nosso papel e o motivo pelo qual vivemos. Eu por exemplo como cristão, às vezes esqueço de amar como Cristo amou e andar como Ele andou. Esqueço do amor de Jesus por min e me deixo levar algumas vezes pelas coisas desse mundo, esqueço que “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Coríntios 5:17).

 Tema do Retiro JEC 2010

   E tudo isso acaba nos fazendo mal. Mas sempre é tempo de renovar o espírito e voltar-se mais uma vez para Deus. É uma sensação indescritível estar num local com pessoas que amamos, estudando a Palavra e em intimidade com Deus. Isso tudo nos proporciona grande alegria, como dizem no retiro “parece que estamos no céu”, isso tudo sem depender das coisas que o mundo diz que precisamos para ser felizes: dinheiro, poder, sexo, drogas, álcool... muito pelo contrário nunca me alegrei tanto com tão pouco, a única e verdadeira satisfação não pode ser encontrada em nada desse mundo mas apenas no Senhor Jesus, e disso todos que lá estavam puderam provar. É uma alegria sincera e autêntica, sem falsidade nem fingimento, você não precisa usar máscaras. Não precisa intoxicar o seu corpo nem estar num lugar barulhento, com muitas pessoas e movimento para que possa esquecer de si mesmo pra não lembrar da sua miséria e como você se sente vazio. Sempre ao final temos aquele sentimento de nostalgia e queremos um pouco mais, porem chega o momento de voltar e fazer diferença nesse mundo. Mas podemos voltar fortes e revigorados para trazer pessoas ao conhecimento dessa verdade libertadora, e dessa alegria incondicional, pois nos relembramos que Deus é que guia, protege e completa a nossa vida e por Ele é que vivemos.

Porque este Deus é o nosso Deus para sempre; ele será nosso guia até à morte.
Salmo 48:14

Vampiro: Metáfora da pessoa que se sente separada de Deus.


   Anne Rice, famosa autora de Entrevista com o Vampiro, confessa que não há paz sem Deus, em um novo vídeo no qual ela fala sobre seu retorno para a fé cristã.

   Por 38 anos, Rice foi uma “atéia assombrada por Cristo,” ela afirma em um vídeo publicado recentemente “I Am Second”. Seus romances vampirescos eram a reflexão de sua luta interna ao viver num mundo sem Deus que ela criou. O vampiro, diz ela, é a metáfora para o marginal e a pessoa que se sente separado de Deus.

   Rice alcançou a fama e a riqueza através de seus romances vampirescos, mas ela estava cada vez mais insatisfeita internamente com “o mundo em que a salvação não era uma possibilidade,” compartilhou. “E a razão para a insatisfação era simples: eu realmente acreditava em Deus,” ela afirma no vídeo. Eu não só acreditava nele, mas também o amava, e não estava admitindo isto.”

   Rice foi criada em um lar católico quando criança, mas rejeitou sua fé quando fez 18 anos, com intuito de obter liberdade e buscar conhecimento. “Eu achava que haviam tantas coisas proibidas para mim por ser Cristã… Eu sentia uma necessidade desesperadora de ser livre,” ela relembra.

   No vídeo “I am Second”, Rice disse que ela foi relembrada repetidamente novamente e novamente “que enquanto você estiver negando Deus, não provará de nenhum descanso. Você não provará de nenhuma paz.” “Você não pode se salvar através da arte. Você não pode se salvar através da música Você não pode fazê-lo viajando. Você não pode fazê-lo através da riqueza. “Todas as suas tentativas de se salvar e de transcender através de outros meios irão falhar mais cedo ou mais tarde. Você se salva ou Deus te salva, quando você se volta para ele.”

   Após quase quatro décadas negando Deus, Rice afirmou que ela finalmente estava pronta para se entregar a Ele. Ela retornou a Igreja em 1998. “Eu deixei de lado as dúvidas,” ela comentou. “Imperfeitamente e arrependida, eu retornei.”

   E voltar para Deus mudou tudo na vida dela. Em primeiro lugar, ela sente que não pode mais trabalhar com a metáfora do vampiro. “Eu não sou mais uma pessoa em um mundo sem Deus, bem longe disso,” ela comenta. No momento, Rice dedica seu tempo escrevendo livros que são “diretamente para Deus e dedicados a Jesus Cristo.” “Eu mudei e eu tinha que fazer isso,” ela afirma com determinação. “Eu tinha que escrever para Ele.”

   Seus livros cristãos incluem Cristo, O Senhor: A Saída do Egito; Cristo, O Senhor: O Caminho para Canã; e Angel Time: The Songs of the Seraphin. Rice é a mais recente celebridade a propiciar uma testemunha em vídeo no “I Am Second,” um movimento que procura exaltar Cristo ao declarar que Ele vem em primeiro e nós vimos em segundo.

   Outras celebridades que propiciaram testemunhas incluem o ex-treinador do NFL Indianopolis Colts, Tony Dungy; o ex-guitarrista/co-fundador da banda de metal Korn, Brian “Head” Welch; e o defensor externo da liga principal de baseball do Texas Rangers, Josh Hamilton. E3 Partners Ministry lançou uma campanha de alcance popular em 2 de dezembro de 2008, na área Dallas-Fort Worth. A campanha foi inicialmente destinada a atingir somente aqueles no norte do Texas, mas assim que o website foi lançado, rapidamente se tornou viral. Até agora, a campanha recebeu mais de dois milhões de visitas para seu website, provindas de mais de 211 países.

Na Web: www.iamsecond.com

Fonte: Christian Post / Gospel+
Via: Pavablog

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O que Pode e o que não Pode?


   No capítulo quatorze de Romanos o apóstolo Paulo responde claramente essa questão sobre o que podemos ou não fazer. Leia com atenção pois a simples leitura já esclarece a questão. Conforme a tradução João Ferreira de Almeida Corrigida e Revisada:

1 Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.

2 Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.

3 O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.

4 Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.

5 Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.

6 Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.

7 Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si.

8 Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.

9 Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.

10 Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.

11 Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus.

12 De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.

13 Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.

14 Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.

15 Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu.

16 Não seja, pois, blasfemado o vosso bem;

17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.

18 Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens.

19 Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.

20 Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo.

21 Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.

22 Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.

23 Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.

   Como visto não existe comida nem bebida imundas em si próprias. Não existe algo como do tipo: “Comer/beber isso é errado e pecado você não deve fazer!” Como Paulo mesmo falou “Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.” O mesmo serve para músicas que ouvimos ou lugares que freqüentamos, não existe nada de errado em si mesmo nas musicas ou festas do “mundo”. Ouvir a música de um artista que você gosta que não seja cristão mesmo que suas músicas não falem de Jesus ou mesmo ir ao show desse artista não é um pecado em si mesmo. Mas preste muita atenção nesse ponto: se existe algo que te faz tropeçar ou lhe enfraquece você não deve faze-lô. Se você sabe que beber vai lhe fazer mal não o faça, mas não condene o seu irmão que bebe, e você que bebe não menospreze o seu irmão que não bebe. Alem disso se você costuma fazer alguma coisa mas estando na presença de outra pessoa sabe que isso pode prejudicá-la, deve da mesma forma se abster de praticar esse comportamento. Esse discernimento é muito importante nos dias de hoje pois existem determinadas denominações que não praticam certos comportamentos como não ingerir bebidas alcoólicas por exemplo, até ai tudo bem o problema é quando afirmam que isso é um pecado e que todos que o fazem estão em pecado. Como vimos a Palavra infalível de Deus não condena comida nem bebida, mas mostra como devemos nos comportar diante dessas situações.

Que nosso amado Senhor Jesus seja para com todos vocês leitores, bom feriado até a próxima!