quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Imposturas Intelectuais



   Em 1996, o físico Alan Sokal conseguiu que um ensaio fosse publicado na Social Text, uma influente revista acadêmica sobre estudos culturais, apontando as profundas similaridades entre a teoria da gravitação quântica e a filosofia pós-moderna. Logo depois, ele revelou que este ensaio era uma parábola brilhante, um catálogo de frases sem sentido, escrito na atual e impenetrável linguagem dos teóricos da pós- modernidade. O acontecimento abriu um furioso debate nos círculos acadêmicos, e foi parar nas primeiras páginas dos principais jornais dos EUA e da Europa.

   Alan Sokal e Jean Bricmont prosseguiram a partir do ponto onde a paródia tinha parado. No polêmico IMPOSTURAS INTELECTUAIS, eles desmantelam como pseudocientíficos os textos de alguns dos mais festejados intelectuais franceses e americanos. Em cada capítulo, eles selecionam textos do autor correspondente para fazer uma crítica minuciosa da significação e do uso adequado dos termos e conceitos científicos que neles aparecem.

   Dessa forma, estão presentes a lógica matemática de Lacan, a análise do discurso poético de Kristeva, a incorporação dos atratores estranhos e os espaços não-euclidianos em uma reflexão sobre a história em Baudrillard, a logorréia pseudocientífica na obra de Virilio, o abuso da geometria em Riemann, a mecânica quântica sob Deleuze e Guattari, a geometria fractal, a teoria do caos e o teorema de Gödel, entre outros desenvolvimentos científicos sedutores.

   O objetivo de IMPOSTURAS INTELECTUAIS, segundo os autores, é analisar estritamente a ocorrência dos conceitos científicos na obra de cada um e, assim, mostrar como esses pensadores pós-modernos falam de teorias científicas das quais só têm uma vaga idéia. Para Sokal e Bricmont, eles importam para as ciências humanas noções das ciências exatas sem justificativa empírica, assim como exibem uma erudição superficial para impressionar o leitor com termos da ciência, manipulando frases sem sentido.

   O segundo alvo do livro é atingir o relativismo cognitivo, que constitui um ingrediente epistemiológico essencial de grande parte do discurso gerado nos programas de cultural studies e sciences studies das universidades norte-americanas. Alan Sokal é professor de física na Universidade de Nova York. Jean Bricmont também é físico, e dá aulas na Universite de Louvain, na Bélgica.

~~~~~~~~~~~~~~

Nota: Esse é mais um livro que mostra como o homem pode enganar-se facilmente ao confiar no seu próprio intelecto ou nas idéias de outros homens como ele. Um cientista fez um rolo de palavras complicadas que pareciam interessantes e reveladoras mas não diziam absolutamente NADA e uma das revistas mais respeitadas sobre assuntos científicos dos EUA publicou o "estudo" do suposto "cientista pós-moderno" como uma nova teoria super-interessante. Se essa besteirada toda foi publicada por essa revista tão respeitada e conceituada imagine quantos mais casos desses não existem? Imagine quantas coisas os homens aceitam como verdades que no fundo são apenas jogo de palavras sem sentido algum? Meu irmão escolha bem em que palavras você vai acreditar, nas dos homens com suas teorias e idéias relativas, transitórias, contraditórias, confusas, e inconstantes ou na infalível, verdadeira e eterna palavra de Deus.

Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
Provérbios 3:5

Nenhum comentário:

Postar um comentário