quarta-feira, 11 de maio de 2011

Eis um Homem


   Eis um homem que buscava felicidade. Como não conseguia perceber a beleza e alegria nas coisas simples ao seu redor saiu a procurar. Primeiramente pensava que a felicidade estava diretamente ligada ao prazer físico do corpo por esse motivo que se entregou a todos os prazeres sensuais da carne, desde as mais longas festas até aos prazeres sexuais cada vez mais sensitivos que podia encontrar, no começo sentiu um prazer sim, isso ele não poderia negar. Mas eis que passado o fascínio inicial logo não se contentava mais apenas com isso buscando cada vez mais e mais, porque assim como uma droga isso não mais o satisfazia e precisava de doses sempre maiores. Depois de algum tempo percebeu que a felicidade não estava ai.

   Então pensou consigo mesmo: dessa vez vou encontrar a felicidade em coisas tangíveis e duradouras as quais me deleitarei dia após dia, logo adquiriu tudo o de mais belo que mãos humanas poderiam criar: com as mais brilhantes jóias e mais finas roupas se enfeitou, nos mais suntuosos e maravilhosos palácios se abrigou, as obras de artes mais valiosas que existiam ele adquiriu, e tudo o que agradava seus olhos era comprado. Tinha tudo o que de mais caro um homem poderia obter. Mas outra vez sentia a felicidade escapar de suas mãos, pois o vazio de sua alma não podia ser satisfeito com riquezas temporais que logo perdiam seu encanto, e aprendeu, estarrecido, que a felicidade não poderia ser comprada, não aceitava barganhas.

   Depois de ter passado essas experiências sentiu-se só e triste. Tinha desistido da felicidade. Dessa forma passou a viver sua vida da forma mais honesta que podia viver consigo mesmo, não buscava mais satisfazer apenas suas vontades mas buscava compartilhar, e logo fez grandes amigos que nos momentos mais escuros estavam ao seu lado para consolar. Passou a ver a beleza e maravilha da vida em coisas simples como um pássaro cantando na manhã de primavera ou o ar puro das montanhas. Viu, com grande admiração, o que não tinha visto antes: como era belo e mágico o mundo ao seu redor… a singularidade e complexidade de cada homem com que cruzava, a beleza e a vida dos campos, florestas, mares e montanhas que conhecia. Quando havia resignado, quando não mais barganhava com a felicidade foi que ela o encontrou, pois por algum milagre que ainda não entende, conseguiu entender que a felicidade é algo grande e perfeito demais para ser negociada ou estar sobre seu o controle, é que só pode ser encontrada no mais sincero coração, disposto a amar e fazer o que deve ser feito sem esperar nada em troca.

4 comentários:

  1. Nada mais propicio do que um texto ótimo desse para estrear o novo template!
    Adorei ambos!

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  2. Opa, valeu cara! Até a próxima, abraço.

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  3. Postado por Runaway em 11 de maio de 2011 23:23:

    "Nada mais propicio do que um texto ótimo desse para estrear o novo template!
    Adorei ambos!"

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