quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Momentos

Para evitar essa barra, vivemos eternamente entediados e distanciados do momento, esmagados pela claríssima convicção de que poderíamos estar fazendo algo mais legal, mais bem-remunerado ou mais útil para o bem da humanidade. Vivemos, pela mesmíssima razão, eternamente distantes de Deus e das pessoas.


Por Paulo Brabo em Bacia das Almas

Variedade Paralisante

Nos dias de hoje temos muito, mas paradoxalmente, nos sentimos mais insatisfeitos. A mensagem passada dia após dia, pelo mercado, pela propaganda e por nossos heróis contemporâneos, é de que quanto mais você tiver, quanto mais comprar mais realizado será. Como alguns já começam a perceber, tal mensagem, que de início parecia ser a solução de todos nossos problemas, parece não estar surtindo efeito algum. Os mais sábios e divinos homens não foram aqueles que tinham muito mas não conseguiam aproveitar tudo, mas foram àqueles que viveram com o mínimo, ou ainda, com somente aquilo que podiam carregar com suas próprias forças, ou seja, a roupa de corpo e uma trouxa no máximo, mas que viviam intensamente suas vidas. Hoje com tantas escolhas à nossa disposição não sabemos escolher, é engraçado. Com tantas peças de roupas disponíveis ficamos indecisos e no final não satisfeitos com a escolha realizada. Talvez seja o tempo de repensarmos nosso modo de vida e buscar como exemplo os homens que viveram a vida mais sincera e divina que alguem já viveu, como um tal de Jesus. As casas estão cada vez mais atulhadas, mas a alma cada vez mais vazia e sem perspectivas. Deveriamos, por mais estranho que isso possa soar, buscar menos e viver mais.