Esses seres humanos que dormem ao relento sobre papelões, tampados com jornais ou, com sorte, com um velho cobertor, são os miseráveis, os excluídos, os esquecidos, os que já não merecem ou fingimos não merecer a nossa atenção. São como animais que na maioria das vezes desviamos o olhar, pois a nossa “humanidade”, que não morre dentro de cada um, insiste em nos lembrar como de certa forma cada um de nós é responsável por esse ser humano, e com vergonha de nós mesmo é que desviamos o olhar. Mas nós ficamos a nos perguntar: “mas o que eu poderia fazer?” Bom, o engraçado é que nós poderíamos salvar o mundo, mesmo fazendo muito pouco. Não se engane achando que não existe solução ou que ela virá através de grandes movimentos ou programas institucionais, não, o mundo só pode ser salvo através de você por micro salvamentos, que podem se realizar a cada novo dia. Esses dias, junto com alguém que amo, de madrugada, coloquei um cobertor sobre um desses esquecidos, o que foi muito pouco, mas como eu já disse antes, na verdade foi tudo. E o que tantas outras pessoas podem confirmar é que o sentimento de ajudar outro semelhante é provavelmente o mais puro e verdadeiro sentimento de felicidade que alguém pode experimentar. Mas, por agora, vamos voltar a trabalhar, pois temos mais o que comprar.
Desrelativisando
O único sentido da vida é servir a humanidade, colaborando para o estabelecimento do reino de Deus, o que não poderá ser feito se cada um dos homens não reconhecer e não professar a verdade.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 7 de março de 2012
Caridade
Caridade não é distribuir o seu excedente, caridade é não usurpar o pouco que já se possui. Doam-se alguns reais para projeto A ou B mas vive-se por outro lado sobre o sangue e o suor de outros.
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Wu Wei
Muito da essência do tao está na arte do wu wei (agir pelo não-agir). No entanto, isso não significa "espere sentado que o mundo caia no seu colo". Essa filosofia descreve uma prática de se realizarem coisas através da ação mínima. Pelo estudo da natureza da vida, você pode influenciar o mundo do modo mais fácil e menos disruptivo (usando a sutileza em vez da força). A prática de seguir a corrente em vez de ir contra ela é uma ilustração: uma pessoa progride muito mais não por lutar e se debater contra a água, mas permanecendo quieta e deixando o trabalho nas mãos da correnteza.
O wu wei funciona a partir do momento em que confiamos no design humano, perfeitamente ajustado para nosso lugar na natureza. Em outras palavras, confiando na nossa natureza em vez da nossa racionalidade, nós podemos encontrar contentamento sem uma vida de luta constante contra forças reais e imaginárias.
Uma pessoa pode aplicar essa técnica no ativismo social. Em vez de apelar para que outros tomem atitudes relacionadas a uma causa, seja qual for a sua importância ou validade, ela pratica uma vida de acordo com o que acredita, "não remando contra a maré". Ao deixar sua crença se manifestar em suas ações, está assumindo sua responsabilidade pelo movimento social em que acredita.
O wu wei funciona a partir do momento em que confiamos no design humano, perfeitamente ajustado para nosso lugar na natureza. Em outras palavras, confiando na nossa natureza em vez da nossa racionalidade, nós podemos encontrar contentamento sem uma vida de luta constante contra forças reais e imaginárias.
Uma pessoa pode aplicar essa técnica no ativismo social. Em vez de apelar para que outros tomem atitudes relacionadas a uma causa, seja qual for a sua importância ou validade, ela pratica uma vida de acordo com o que acredita, "não remando contra a maré". Ao deixar sua crença se manifestar em suas ações, está assumindo sua responsabilidade pelo movimento social em que acredita.
Fonte: Wikipedia
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Reflexão
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Alienação espetacular
A alienação do espectador em proveito do objeto contemplado (que é o resultado da sua própria atividade inconsciente) exprime-se assim: quanto mais ele contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominates da necessidade, menos ele compreende a sua própria existência e o seu próprio desejo. A exterioridade do espetáculo em relação ao homem que age aparece nisto, os seus próprios gestos já não são seus, mas de um outro que lhos apresenta.
Eis porque o espectador não se sente em casa em parte alguma, porque o espetáculo está em toda parte.
Guy Debord - A Sociedade do Espetáculo
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